Comer deve ser algo flexível e prazeroso. Como isso funciona e como praticar?
- Luiz Maia
- Aug 1, 2024
- 3 min read

Nós possuímos uma sabedoria interna que nos diz que precisamos comer e o que comer. Hoje em dia as pessoas pararam de sentir e ouvir o próprio corpo. Seja pela correria do dia a dia, rotina, discursos diferentes na área da alimentação para tentar seguir regras externas.
Reflita: Há quanto tempo não parou para perceber os sinais que meu corpo dá?
O comer intuitivo aborda a abdicação de dietas restritivas e regras externas, a aprender a confiar no próprio corpo para melhorar a relação com a comida e comer de acordo com os sinais internos.
Por que comemos o que comemos?
Porque há uma necessidade de energia. A fome que nos mostra que precisamos comer. Nós não comemos somente por que é preciso nutrir o corpo, comemos porque é gostoso, é social, satisfaz, é prazeroso, comemos para comemorar...
Tenho certeza que você já se deparou naquela situação de questionamento: O que posso comer? Parece que tudo faz mal. Nada pode.
Te respondo: Você pode comer tudo, mas com sintonia.
Listarei 5 tópicos que te ajudará a sintonizar. Reflita quando você for se alimentar:
1) Você está com fome? Existe fome aí? Qual o tamanho da fome?
2) Vontade de comer o quê? O que quero nesse momento?
3) Adequação, refeição e social.
Você acha que milkshake é jantar? Que shake emagrecedor é almoço? Vamos a uma situação prática:
Se você estivesse em uma hamburgueria com os amigos, às 18:30, o milkshake talvez entraria por questão social, por estar com os amigos, porém reflita se realmente é isso que quer.
4) Metas de saúde e objetivo.
Tem exames alterados? Doença?
5) Metas de peso.
Estou obeso, o que vou melhorar e saber escolher?
A pessoa que pratica e é intuitiva tem menos descontrole alimentar. Tem uma relação melhor com a comida e com seu corpo, com isso melhor controle de peso.
10 princípios que norteiam o Comer Intuitivo:
1) Rejeitar a mentalidade de dietas.
A mentalidade de dietas é algo muito presente em nossa sociedade. Achamos que é preciso restringir alimentos por questões estéticas ou de saúde.
2) Honrar a fome.
Não tenha medo da fome. Dieta com hora para tudo te impede de sentir fome ou, se sentir fome antes o que você irá fazer? Decida você sobre o que, quando e quanto comer.
3) Sentir a sua saciedade.
Quanto preciso comer para parar e atender minha fome?
4) Descobrir o fator satisfação.
Estou satisfeita com o que estou comendo?
5) Desafiar o policial alimentar.
Olhe para o milkshake e reflita que ele tem um lugar, um contexto, uma situação. Em vez de pensar que não pode, que é gorduroso, que vai "chutar o balde".
6) Lidar com suas emoções com gentileza.
Comer por razões físicas e não emocionais. Reflita no quê e por quê está comendo o que está comendo e seja gentil com você.
7) Respeitar o seu corpo.
Não se maltrate. O que faz sentido e o que funciona pra você hoje? Seu corpo te permite experimentar muitas coisas, aceite e reconheça.
8) Movimentar-se sentindo a diferença.
Qual exercício faz sentido para me colocar em movimento? Dançar, caminhar ou ir direto fazer academia e malhar?
9) Honrar a sua saúde com uma nutrição gentil.
Mesmo tendo uma patologia que te priva de algum alimento, faça de forma amorosa. Considere isso como um processo.
10) Fazer as pazes com a comida.
Abandone a lista de permitidos e proibidos, bom ou ruim. Assim você evita entrar em ciclos de restrição e exagero.
O comer intuitivo é regido por três pilares muito importantes.
1) A permissão incondicional.
O proibido é mais gostoso.
2) Atenção a sinais de fome e saciedade
3) Distinção de fome física e fome emocional.
Uma observação importante é um bom acompanhamento nutricional para uma melhor reflexão e prática sobre esse assunto de acordo com sua individualidade para que não haja desequilíbrio da permissão alimentar, um possível problema de saúde que te priva de sentir saciedade, entre outros fatores que serão abordados em consulta.
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